O Carnaval é uma época de festa, cultura e, para muitos, um importante impulsionador da economia local. O Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc) divulgou, nesta sexta-feira (1º), os resultados do estudo sobre a movimentação econômica durante o 1º Lava-Pratos de Imperatriz. Os dados revelam o quão significativo foi o evento carnavalesco para a economia regional, que contou um público de quase 300 mil pessoas.

Com um investimento inicial de R$ 3,5 milhões, o evento gerou um valor movimentado estimado em mais de R$ 15,4 milhões. No circuito oficial do Governo do Maranhão, os estabelecimentos apresentaram uma movimentação de R$ 1,7 milhão, com destaque para a renda gerada aos beneficiários dos programas estaduais Mais Renda e Minha Renda, que totalizou mais de R$ 81 mil. Os demais estabelecimentos alcançaram mais de R$ 929 mil, enquanto os camarotes atingiram R$ 700 mil.

Além da repercussão financeira, o estudo do Imesc revelou, também, o impacto na ocupação de pessoas durante o evento. Um total de 1.767 pessoas estavam ocupadas, sendo 991 relacionadas aos pequenos negócios, o que também inclui os beneficiários dos programas Mais Renda e Minha Renda, e 776 envolvidos com atrações e realização do evento. Esses números evidenciam o papel crucial do Lava-Pratos na geração de empregos temporários e oportunidades de renda para a Imperatriz e região.

O governador Carlos Brandão comemorou a movimentação financeira e as oportunidades geradas às famílias maranhenses, aos fazedores de cultura e aos negócios de diferentes tamanhos na região Tocantina. Na oportunidade, reafirmou a visão de que festas como o Carnaval fazem parte do investimento estratégico para o desenvolvimento socioeconômico do Maranhão.

“O 1º Lava-Pratos de Imperatriz é mais um evento que entra para a história do Maranhão. Os dois dias de celebração movimentaram aproximadamente R$ 15,4 milhões, a partir de um investimento inicial de cerca de R$ 3,5 milhões. Também é muito gratificante observar que mais de 1,7 mil ocupações foram geradas, mostrando que o Carnaval não é apenas uma festa, mas também uma fonte de sustento para muitas famílias maranhenses”, pontuou Brandão.

O diretor de estudos e pesquisas do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos (Imesc), Rafael Thalysson Silva, destaca que segmentos como hotelaria, alimentação e bebidas foram os que lideraram a movimentação econômica durante a folia.

“O Lava-Pratos de Imperatriz trouxe grandes resultados para a economia maranhense. E essa movimentação de R$ 15,4 milhões, que ocorreu na economia como um todo, é proveniente de diversos segmentos, a exemplo de setores como hotelaria, alimentação e bebidas. A pesquisa, realizada durante os dois dias, mostra que investir em cultura, realmente, ocasiona resultados positivos para a economia”, enfatizou o diretor do Imesc.

A festa promovida pelo Governo do Maranhão foi uma excelente oportunidade para pequenos empreendedores como Keity Pereira de Oliveira, que é beneficiária do programa estadual Minha Renda e pôde trabalhar para elevar a qualidade de vida da sua família.

“Esse programa Minha Renda representa uma melhora para mim e para os meus dois filhos, porque eu sou mãe solteira. Agora, vai ser uma ajuda muito grande, porque eu não vou precisar ficar tão longe de casa e deixar eles a sós. Aqui no Lava-Pratos, com o povo vindo comprar cerveja, as coisas vão melhorar mais ainda”, disse a autônoma.

Parceiros e Metodologia

O estudo do Imesc, realizado em parceria com diversas entidades governamentais e órgãos estaduais, teve como objetivo principal mensurar o impacto financeiro e ocupacional do Carnaval, fornecendo subsídios para avaliações futuras e melhorias nos eventos promovidos pelo governo.

Entre os parceiros da análise estiveram o Observatório de Turismo do Maranhão (Obstur-MA), que integra a Secretaria de Estado do Turismo (Setur), e as secretarias estaduais de Cultura (Secma), de Desenvolvimento Social (Sedes), de Meio Ambiente (Sema), além do Maranhão Parcerias (Mapa) e Agência Executiva Metropolitana do Sudoeste Maranhense (AgemSul).

A metodologia adotada incluiu o uso da Matriz Insumo-Produto (MIP) para estimar o efeito multiplicador dos gastos públicos na economia, bem como pesquisas de campo com empreendedores locais e dados complementares sobre vendas de camarotes, reciclagem de materiais e ocupação hoteleira.