BRASIL – Reeleito em 1º turno no Maranhão, o governador Carlos Brandão (PSB) analisou o cenário da disputa à Presidência da República das eleições 2022 durante entrevista ao jornal Visão, da CNN Brasil, apresentado pelos jornalistas Luciana Barreto e Sidney Rezende.
Durante a entrevista, Brandão afirmou que o Brasil precisa restabelecer a democracia e a soberania nacional – e que o melhor caminho será com o ex-presidente e candidato pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Para o nosso estado, o presidente Lula foi o melhor; ele fortaleceu as políticas sociais – além de ainda ter o compromisso e a parceria conosco para o fortalecimento do nosso estado e da democracia e soberania do país. É isso que está em jogo, na realidade. Os programas sociais criados por Lula foram muito fortes, e a nossa população tem uma esperança muito grande”, destacou o governador.
No Maranhão, Brandão já iniciou a campanha para o ex-presidente: ontem (3), no Centro Histórico de São Luís, com uma caminhada que reuniu mais de 7 mil pessoas e foi acompanhada, também, pelo vice-governador Felipe Camarão (PT) e pelo senador eleito Flávio Dino (PSB).
“(…) fizemos uma grande movimentação e finalizamos com ato público com pronunciamentos meus, do vice-governador e do senador eleito Flávio Dino, já para mobilizar e fortalecer a nossa militância”, disse.
O governador considera que o apoio ao ex-presidente é um ato de reciprocidade. “Aqui, participaremos ativamente. O presidente Lula foi muito correto, esteve com a gente aqui, gravou vídeo pedindo votos para mim e para o senador Flávio Dino. Portanto, mais além da gratidão, nós acreditamos no projeto do presidente Lula para restabelecer a democracia e a soberania nacional”, explicou.
Outro ponto bastante explorado por Brandão ao longo da entrevista foi a necessidade que o governo do Estado tem de dialogar com o governo federal para continuar assegurando o desenvolvimento do Maranhão – mesmo que em uma eventual reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
“(…) nós novamente estaremos aqui com todas as condições para dialogar com o governo federal, mesmo sabendo que isso não vai acontecer. O gesto de Bolsonaro, nos últimos 4 anos, foi o de não dialogar. Não se vê, nem na internet, reunião individual de governadores com Bolsonaro para discutir questões estruturantes, algo que era de praxe em governos anteriores. (…) Então, mesmo se houver a perda da eleição, a gente vai continuar indo à Brasília em busca de parcerias institucionais. Aqui no Maranhão, temos parcerias, inclusive, com prefeitos que não são aliados a nós; a exemplo do da capital, e mesmo assim o governo do Estado fez grandes obras”, garantiu.
A recusa de diálogo do governo Bolsonaro foi uma das principais dificuldades para fortalecimento das ações no Maranhão. Segundo sinaliza Brandão, Lula já assegurou a preparação de projetos estruturantes pelo estado, caso seja eleito.
“(…) ele me disse que, ao final das eleições, devo levar a ele projetos estruturantes para o Maranhão. Seremos parceiros. A gente precisa dessa relação entre os governos federal e estadual para que possamos fazer uma boa administração. Não podemos ficar governando isoladamente”, reforçou o governador.
