Dados do resultado trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o Maranhão foi o segundo estado brasileiro que obteve o segunda menor taxa de desemprego no terceiro trimestre de 2023.

Segundo o levantamento, o Maranhão ficou atrás apenas do estado de São Paulo na queda dos índices de desocupação registrados nos três primeiros meses do ano. No Maranhão, a taxa de desocupação caiu de 8,8% para 6,7%, enquanto em São Paulo a taxa saiu de 7,8% para 7,1%.

O governador do Maranhão, Carlos Brandão, comemorou os números por meio de suas redes sociais. “O Maranhão segue sendo destaque nacional, desta vez como um dos três únicos estados que registrou melhora na taxa de desocupação, de acordo com o IBGE. Reduzimos de 8,8% para 6,7% a proporção de pessoas desocupadas, o que representa mais maranhenses trabalhando. Seguimos empenhados para que mais pessoas tenham oportunidades”, enfatizou o governador.

O estado do Acre também figura entre os três estados brasileiros que acompanharam a retração nos índices de desempregos, saindo de 9,3% para 6,2% no índice de desocupação.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, ressalta que no Maranhão e no Acre houve “um movimento mais robusto”, já que, além da retração no índice de desemprego, foi registrado aumento nas taxas de ocupação. “No caso do Maranhão, se deu principalmente no setor de alojamento e alimentação”, sublinha Beringuy.

Para o secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres), Luiz Henrique Lula, os números positivos foram obtidos por meio da combinação entre atração de novos investimentos para o estado e políticas públicas estaduais que favorecem a geração de emprego e renda.

O secretário destacou a implantação de unidade fabril do Grupo Inpasa Brasil na cidade de Balsas, voltada para a produção de etanol, proteína e óleo de milho; o programa de ampliação da Alumar; e a geração de postos de trabalho em obras estaduais, como construção e reformas de rodovias, escolas e hospitais.

“Por determinação do governador Carlos Brandão, temos feito uma política extremamente ostensiva na atração de novos investimentos no estado. Recentemente tivemos a instalação da pedra fundamental do grupo Inpasa. Também celebramos o anúncio dos novos investimentos da Alumar. O governador segue focado na questão da renda, na questão do emprego e é por isso que o Maranhão tem esses registros”, frisa Luiz Henrique Lula.

Programas estaduais impulsionam crescimento do setor informal
A Pnad Contínua indica, ainda, que no terceiro trimestre do ano a taxa de informalidade no país foi de 39,1% da população ocupada, sendo que os maiores percentuais foram registrados no Maranhão (57,3%).

O titular da Setres avalia que o cenário favorável é resultado de uma série de estratégias adotadas pelo Poder Executivo estadual, como o programa Minha Renda, que garante a distribuição de 3 mil carrinhos para a venda de alimentos e bebida em eventos, além da capacitação de todos os beneficiários e repasse de bolsa incentivo no valor de R$ 500,00 para compra das mercadorias.

“Recebemos [os números da Pnad Contínua] com muita alegria e a sensação de dever cumprido. Queremos chegar até o fim do ano com essa faixa de 80 a 100 mil novos empregos. O programa Minha Renda, recentemente lançado, provoca a criação de novos postos de trabalho, porque esses postos surgem a partir do consumo e não é à toa que o comércio, por exemplo, registrou a maior alta de empregabilidade do mês de setembro”, ressalta Luiz Henrique Lula.

O secretário também reforçou a importância da atuação parceira entre o setor privado e os governos estadual, federal e municipais para a criação de novos empregos.