Participando da série de entrevistas realizadas pela TV Mirante, nesta sexta-feira (16), o governador Carlos Brandão (PSB) falou ao JMTV 1ª Edição, conduzido pelo jornalista Adailton Borba.
Adailton iniciou a conversa questionando a motivação de uma reeleição ao governo do Estado. Brandão destaca os grandes avanços em áreas como a Saúde, Educação, Infraestrutura e Social, e reafirma o compromisso com a continuidade da ampliação destas áreas.
“Na área da Saúde, por exemplo, nós construímos 16 policlínicas, 28 hospitais macrorregionais. Na área da Educação, foram 50 escolas profissionalizantes e 90 escolas de tempo integral – vamos ampliar para todos os municípios. E temos o Restaurante Popular que, em momento de crise, o governador Flávio Dino inaugurou 100 e eu, em minha gestão, inaugurei mais 50. Todas as áreas ainda precisam ser ampliadas; por isso é que eu quero continuar sendo governador”, reforçou Brandão.
Na ocasião, ainda na área da Saúde, Carlos cita o Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Maranhão (HTO) como importante equipamento criado no seu governo para solucionar o problema das filas para cirurgias nestas especialidades.
“Há muitos casos que me motivam muito a ser governador. Antes, existia uma demanda reprimida de mais de 2 mil cirurgias de traumatologia e ortopedia, – eram realizadas cerca de 30 cirurgias. Nós criamos HTO e passamos a realizar 330 procedimentos”, citou o candidato.
Em seguida, Adailton perguntou acerca dos serviços do transporte aquaviário do Maranhão, que teve ferryboats reformados para atender à população. O governador esclareceu sobre as intervenções do Estado para elevar a qualidade da travessia.
“Hoje, o problema está resolvido quanto à quantidade de ferryboats. Quando assumimos, identificamos que havia duas empresas prestando serviço sem qualidade há mais de 40 anos. Elas se comprometeram a entregar embarcações novas, mas isso não aconteceu. Então, nós fizemos intervenções, recuperamos um dos barcos e adquirimos novos através de um contrato”, citou Brandão.
Além disso, o governador garantiu a aptidão dos barcos, que tiveram atestados de navegabilidade reconhecidos tanto pela Capitania dos Portos, quanto pela Justiça.
“Para fazer uma travessia como essa, a embarcação é submetida à avaliação da Capitania dos Portos. Os ferries José Humberto e São Gabriel obtiveram o aval da Capitania. Inclusive, a Justiça foi favorável à operação destes barcos, porque entendeu que toda a exigência foi cumprida”, afirmou o candidato.
Na ocasião, Carlos falou também sobre o investimento de mais de R$ 68 milhões que ocorrerá para a criação de novas rampas de atracamento nos terminais da Ponta da Espera e do Cujupe; iniciativa que trará mais agilidade nos serviços.
“Estamos assinando um contrato para fazer três rampas para os ferryboats atracarem todos de uma vez, tanto no Cujupe, quanto na Ponta da Espera. Isso significa dizer que terá mais agilidade. O serviço de ferryboat do Maranhão será de excelência; pode escrever”, afirmou Brandão.
Adailton mencionou sobre a iniciativa do governo do Estado em recuperar rodovias federais; ação contida no plano de continuidade do governo Brandão. O governador contextualizou que a ação visa cobrir a falta de compromisso do governo federal com as BRs que cortam o Maranhão.
“A estrada que vai de Barreirinhas até Rosário é federal e até hoje estamos esperando a recuperação pelo governo Bolsonaro – ele não fez. Para fortalecer o Turismo e atender a toda a região, o governo do Estado fez essa recuperação, que não é nossa obrigação. Com relação a MA-006, entre Balsas e Alto Parnaíba, nós também estamos fazendo. Eles federalizaram essa estrada e não fizeram a recuperação”, ressaltou o governador.
Borba perguntou em seguida sobre quais serão as ações de Brandão em fomento à geração de emprego e renda, assim como no combate ao número de desempregados no estado.
“Pelos dados do Novo Caged, do governo federal, nós temos um saldo positivo.
Nos últimos 6 anos, o Maranhão foi um dos que mais gerou empregos no Nordeste, proporcionalmente. Foi um dos estados que mais gerou empregos no Brasil, graças aos investimentos de cerca de R$ 10 bilhões ao longo desses 7 anos”, afirmou Brandão.
Na ocasião, o governador aproveitou para falar sobre os resultados da realização do São João 2022, uma ação de geração de emprego e renda que movimentou R$ 150 milhões no Maranhão e envolveu vários setores do trabalho.
“O maior São João do Maranhão, por exemplo, gerou milhares de empregos. São João não é só festa – ele fez com que houvesse uma grande movimentação nos hotéis, restaurantes, motoristas de aplicativos, taxistas e mototaxistas, além do comércio informal. A movimentação financeira foi de R$ 150 milhões, e não foi só em São Luís. Nós estendemos o São João para 150 municípios”, pontuou o candidato.
O governador fala, ainda, do esforço que o governo tem feito para atrair investimentos para o estado, além das iniciativas de preparação da mão de obra maranhense.
“Eu sei atrair investimentos, visitei 10 países mostrando as potencialidades do nosso estado. E sei onde estão as empresas – uma delas construindo aqui o Porto São Luís. Já temos contratos assinados com refinaria, siderúrgica. Nós estamos preparando o nosso povo com as escolas de tempo integral, com os IEMAs, com o programa Trabalho Jovem, que tem beneficiado 8 mil pessoas”, garantiu Brandão.
A respeito do Maranhão ainda aparecer no mapa da pobreza, segundo o entrevistador, o governador destacou que o estado tem trabalhado sozinho para acabar com o problema, que necessita de forte colaboração do governo federal para ser solucionado.
“Para se mudar a economia de um estado como um todo, é extremamente necessária a ajuda do governo federal, que não investiu praticamente nada no Maranhão. Todo o esforço que tem sido feito é somente do governo do Estado. Se houvesse esse apoio, estaríamos em outras condições”, destacou Brandão.
Ainda durante a entrevista, o governador abordou sobre quais serão as ações em continuidade à preservação das comunidades tradicionais do Maranhão e no combate à violência no campo, caso seja reeleito.
“O Maranhão e o Brasil têm uma dívida histórica com as comunidades tradicionais, desde a colonização. O nosso governo tem tratado com muito carinho, aprovou lei em beneficiamento de quilombolas e de indígenas. Nós temos hoje 59 indígenas dando aulas, formados pela Universidade Estadual do Maranhão; isso não existia.
Dentro da Secretaria de Direitos Humanos, temos uma secretária-adjunta para cuidar dos indígenas e dos quilombolas. Estamos regularizando todos os quilombos do nosso estado. A segurança jurídica dos quilombolas e indígenas é e será uma prioridade no nosso governo”, certificou o governador.
Em suas considerações finais, o governador Carlos Brandão reforçou em torno da sua capacidade e competência administrativa para dar continuidade às suas ações frente ao governo do Maranhão.
“Eu conheço profundamente a máquina do Estado. Sei fazer, ajudei a fazer e farei muito mais; podem contar comigo. Esse é um momento de decisão do futuro do Maranhão; estou preparado, sou ficha limpa e tenho todas as condições para fazer uma boa gestão, uma boa escola e uma boa saúde”. Concluiu.