Os estados do Nordeste deram um importante passo para a transição energética no país com a assinatura de um memorando de entendimento entre o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), o Banco Mundial. O documento torna a região um hub internacional de fontes de energia renováveis.
O governador Carlos Brandão participou da assinatura do memorando, nesta segunda-feira (25), durante a assembleia geral do Consórcio Nordeste, em Brasília. Ele destacou a relevância da parceria com o Banco Mundial e o avanço para o desenvolvimento de todos os estados da região. O governador lembrou que cerca de 90% dos projetos de energia solar e eólica estão no Nordeste.
“O Maranhão participou ativamente desse processo, colocando na reunião as nossas demandas e vamos apresentar os nossos projetos. O Banco Mundial é o responsável pela formatação desses dois modelos de energia renovável e o Nordeste está avançando muito. Cerca de 90% das plantas de energia solar e eólica estão no Nordeste”, declarou Carlos Brandão.
A partir do memorando está previsto o desenvolvimento de projetos voltados à energia limpa, água e saneamento, meio ambiente e conectividade. De acordo com o presidente do Consórcio Nordeste e governador da Paraíba, João Azevêdo, a parceria com o Banco Mundial é fundamental para a região, que já desenvolve vários projetos na área e poderá avançar ainda mais. Ele definiu o memorando como um marco para o desenvolvimento de energias limpas.
“Nós sabemos do potencial que o Nordeste tem para a geração de energias limpas, renováveis, e nesse momento de transição energética sabemos que a nossa região poderá ser protagonista na produção de hidrogênio verde. Entretanto, é preciso que tudo isso aconteça de forma harmônica e regulamentada e, por isso, estamos assinando esse memorando de entendimento com o Banco Mundial”, observou João Azevêdo.
Uma das ações previstas no memorando é a troca de experiências dos estados do Nordeste com projetos de energias renováveis, dentro e fora do país, apoiados pelo Banco Mundial, o que inclui países como Chile, África do Sul e Índia. O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt, destacou o potencial do Nordeste para se tornar uma referência global na área da energia limpa.
“Nós vemos grandes oportunidades do Brasil se tornar um líder global de transição energética e a região do Nordeste pode ser uma liderança dentro do país. Nós temos neste momento um projeto com o estado do Ceará sobre o hidrogênio verde e e também outros projetos desse tipo pelo mundo inteiro. Temos confiança que podemos compartilhar essas experiências com o Brasil. Nós, do Banco Mundial, esperamos que o Nordeste se torne um líder global deste desafio”, afirmou.
Além da pauta sobre energias renováveis, a assembleia geral do Consórcio Nordeste também abordou assuntos como o fundo para restauração da caatinga, fortalecimento da cultura, reflexos da reforma tributária nos estados e municípios, dentre outros.